Em condições normais, assim se processa a combustão, ou queima da mistura ar-combustível, que propicia o movimento do veículo: no final do ciclo de compressão do pistão é emitida a faísca da vela; a mistura inflama-se e a chama percorre gradualmente toda a câmara de combustão; os gases da queima então empurram o pistão para baixo, acionando a biela e o virabrequim, de modo a impelir o motor.
Quando algo não está dentro das especificações -- taxa de compressão muito elevada, ponto de ignição muito avançado, vela incorreta ou combustível de baixa qualidade, por exemplo --, a chama propaga-se de modo desordenado, o que eleva subitamente a pressão e a temperatura na câmara de combustão. Surge então uma combustão espontânea, uma segunda chama em outro ponto da câmara. Ao chocar-se com a chama original, gerada pela vela, a segunda chama provoca um ruído metálico ("grilo") que se assemelha ao de bolinhas de gude dentro de um copo. É a detonação ou, no vocabulário comum, "batida de pino" -- um termo equivocado, pois não há pinos para bater no interior do motor.
A detonação causa prejuízos ao produzir um deslocamento mais rápido dos gases da combustão, que se chocam contra os extremos da câmara e geram calor. Se a detonação persiste por algum tempo, a elevação de temperatura dos componentes pode levar a uma trinca no cabeçote, um furo na cabeça do pistão ou à fundição do cilindro.
Além da conservação de características equilibradas do motor, através de manutenção regular e, se for o caso, uma preparação feita com critérios, a detonação pode ser prevenida com alguns cuidados. Deve-se evitar a aceleração a fundo em baixas rotações sempre que houver maior risco, como ao subir uma serra litorânea (a maior pressão atmosférica e a temperatura elevada são fatores agravantes); procurar abastecer em postos mais confiáveis, evitando promoções "milagrosas" que possam indicar adulteração do combustível; e, caso a detonação seja constatada, dirigir o veículo sem maiores esforços até submetê-lo a uma inspeção por um mecânico capacitado.
Escrito por : Dias
[TUTORIAL] - O que Será o Ponto?
- Wilson
- :: Administrador ::
- Mensagens: 2730
- Registrado em: Segunda-feira 03 2003f Novembro 2003 05:50:44 PM
- Localização: São Paulo - SP
- Modelo do veiculo: CORSA GSI 16V
- Ano de fabricação: 1996
[TUTORIAL] - O que Será o Ponto?
Editado pela última vez por Wilson em Quinta-feira 27 2012f Setembro 2012 10:37:37 PM, em um total de 1 vez.
-
- :: Wind ::
- Mensagens: 3
- Registrado em: Segunda-feira 14 2011f Novembro 2011 05:15:09 PM
- Localização: Porto Alegre - RS
- Modelo do veiculo: CORSA (DEMAIS)
- Ano de fabricação: N/I
Muito interessante!Wilson escreveu:Em condições normais, assim se processa a combustão, ou queima da mistura ar-combustível, que propicia o movimento do veículo: no final do ciclo de compressão do pistão é emitida a faísca da vela; a mistura inflama-se e a chama percorre gradualmente toda a câmara de combustão; os gases da queima então empurram o pistão para baixo, acionando a biela e o virabrequim, de modo a impelir o motor.
Quando algo não está dentro das especificações -- taxa de compressão muito elevada, ponto de ignição muito avançado, vela incorreta ou combustível de baixa qualidade, por exemplo --, a chama propaga-se de modo desordenado, o que eleva subitamente a pressão e a temperatura na câmara de combustão. Surge então uma combustão espontânea, uma segunda chama em outro ponto da câmara. Ao chocar-se com a chama original, gerada pela vela, a segunda chama provoca um ruído metálico ("grilo") que se assemelha ao de bolinhas de gude dentro de um copo. É a detonação ou, no vocabulário comum, "batida de pino" -- um termo equivocado, pois não há pinos para bater no interior do motor.
A detonação causa prejuízos ao produzir um deslocamento mais rápido dos gases da combustão, que se chocam contra os extremos da câmara e geram calor. Se a detonação persiste por algum tempo, a elevação de temperatura dos componentes pode levar a uma trinca no cabeçote, um furo na cabeça do pistão ou à fundição do cilindro.
Além da conservação de características equilibradas do motor, através de manutenção regular e, se for o caso, uma preparação feita com critérios, a detonação pode ser prevenida com alguns cuidados. Deve-se evitar a aceleração a fundo em baixas rotações sempre que houver maior risco, como ao subir uma serra litorânea (a maior pressão atmosférica e a temperatura elevada são fatores agravantes); procurar abastecer em postos mais confiáveis, evitando promoções "milagrosas" que possam indicar adulteração do combustível; e, caso a detonação seja constatada, dirigir o veículo sem maiores esforços até submetê-lo a uma inspeção por um mecânico capacitado.
Escrito por : Dias
Valeu amigo!
-
- :: Wind ::
- Mensagens: 3
- Registrado em: Segunda-feira 05 2012f Março 2012 09:33:52 PM
- Localização: Praia Grande - SP
- Modelo do veiculo: CORSA (DEMAIS)
- Ano de fabricação: N/I
Wilson.
O motor do corsa 1.0 2001 tem regulagem de valvula, quantos km é recomendado fazer a regulagem, qual é o ideal de regulagem?
O motor do corsa 1.0 2001 tem regulagem de valvula, quantos km é recomendado fazer a regulagem, qual é o ideal de regulagem?
Ricardo S.
Corsa Wind 1.0 8V Mpfi 2001 4P.
Corsa Wind 1.0 8V Mpfi 2001 4P.
-
- Tópicos Semelhantes
- Respostas
- Exibições
- Última mensagem
-
- 7 Respostas
- 722 Exibições
-
Última mensagem por SemControle
-
- 24 Respostas
- 5543 Exibições
-
Última mensagem por Manfio
-
- 0 Respostas
- 6899 Exibições
-
Última mensagem por Fernando 4100
-
- 3 Respostas
- 3801 Exibições
-
Última mensagem por sousaman
-
- 3 Respostas
- 7153 Exibições
-
Última mensagem por Manfio
-
- 0 Respostas
- 2536 Exibições
-
Última mensagem por Wilson
-
- 1 Respostas
- 8229 Exibições
-
Última mensagem por Bange
-
- 3 Respostas
- 7965 Exibições
-
Última mensagem por SemControle
-
- 3 Respostas
- 9585 Exibições
-
Última mensagem por williamjgp
-
- 1 Respostas
- 7848 Exibições
-
Última mensagem por Bange