Janeiro de 1994 - Revista Quatro Rodas - Número 402

Nesta seção, recuperamos a história e a evolução do Chevrolet Corsa através das reportagens veiculadas na mídia especializada. Aqui, você fica sabendo tudo a respeito do carro no ponto de vista de quem entende do assunto. Podem ser encontradas aqui desde reportagens mais antigas até as mais recentes, com todas as informações que foram registradas durante a existência do Corsa. E, cá para nós, foram muitas as atenções prestadas pela mídia ao nosso querido carro.
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Wilson
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Janeiro de 1994 - Revista Quatro Rodas - Número 402

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Corsa Wind 1.0 EFI

Revolução Popular

Andamos na grande surpresa que a General Motors vai lançar na faixa dos 7000 dólares

A novidade que a General Motors prepara para marco vai agitar o segmento dos automóveis mais baratos do país. Afinal, o Chevrolet Corsa Wind 1.0 EFI
chega ao nosso mercado para enfrentar Uno Mille Eletronic, Gol 1000 e Escort Hobby 1000 – sem contar o relançado Fusca 1.6. E, pelo que apurou QUATRO
RODAS, a briga será das melhores.

O corsa que vem para ocupar a vaga do extinto Chevette, dá continuidade ao programa de renovação da GM, iniciado com Omega e Vectra. A idéia da
montadora era trazer o carro somente em 95, mas o acordo que reduziu alíquotas de IPI e criou a faixa dos populares antecipou seus planos. O novo
Chevrolet com motor de 1 litro possui injeção eletrônica single-point, pioneira no segmento, design arrojado e muito conforto. A melhor noticia,
porem, fica por conta do preço: 7400 dólares.


A economia de combustível promete ser o seu ponto mais forte


As armas do Corsa para enfrentar os concorrentes não se resumem a aparência e as previsões de produção. Em economia de combustível, segundo dados da
fabrica, ele promete: 13,9 km/l de gasolina na cidade e 18,7 km/l na estrada! A GM assegura que o carro atinge 145 km/h de velocidade máxima, gastando
cerca de 20 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.

No primeiro contato, QUATRO RODAS só pôde experimentar o Corsa em um “impressões ao dirigir”, sem uso de equipamentos para aferição dos números de
teste. Mesmo assim, algumas características se destacaram: frenagens firmes e eficazes, bons níveis de conforto e, principalmente, ótima estabilidade.
Embora a suspensão não tenha barras estabilizadoras, o automóvel impressiona pela segurança e pela facilidade de condução.

Ao acelerá-lo, percebe-se o esforço do motor. Esta Família 1, derivado do propulsor 1.2 da Opel (com projeto e execução brasileiro), tem 999cm³ e 50
cv de potência a 5800rpm. Espera-se algo mais dele, devido à injeção eletrônica singlepoint. Mas a receita empregada pela GM privilegiou a
elasticidade em detrimento da performance em altas rotações. Tanto que se obtém o regime de torque Maximo 3200 rpm


Além disso, o carro possui conversor catalítico, o que prejudica o desempenho. O equipamento equilibra a equação consumo versus emissão de poluentes:
sem ele, a injeção teria de trabalhar com uma mistura de ar combustível muito rica, aumentando o gasto de gasolina. O catalisador melhora o consumo e
enquadra o carro nas normas do Programa Nacional de Controle de Emissões Veiculares (PRONCOVE), mas diminui sua potência.

Para extrair a energia gerada pelos 50 cv do motor, o cambio do Corsa dispõe de escalonamento correto, sem “buracos” entre as marchas. As razoes
longas de transmissão são compensadas pelo diferencial curto (4,43:1), estabelecendo uma relação final adequada tanto ao transito urbano quanto as
rodovias. E sempre com engates fáceis e precisos.

Outra boa qualidade esta no conforto. A suspensão garante maciez em pisos irregulares, assimilando as trepidações sem repassá-las. Os bancos de boa
densidade e formato anatômico, ajudam nessa tarefa. Para aumentar a capacidade do porta-malas – de 240 litros, contra 224 litros do Uno -, há um útil
opcional: rebatimento do banco traseiro em 1/3 e 2/3 e sete regulagens de encosto. Ajustando-o para frente, ganha-se espaço no compartimento de
bagagens. Convém ressaltar, porem, que apenas dois passageiros se acomodam bem atrás.

Para o motorista, o Corsa reserva boas surpresas. Seu volante, revestido em espuma, garante empunhadura firme e cômoda. Auxiliada pelo espelho
retrovisor direito (de série), a visibilidade é excelente. O painel contém o essencial: velocímetro, marcador de combustível e termômetro, alem de
luzes de advertência para freio de estacionamento, carga de bateria, sistema de freio, pressão de óleo, luz alta e setas. Vale lembrar que nos outros
modelos populares não há termômetro.

Design, tecnologia e conforto são atributos que pesam favoravelmente em qualquer carro. Quando se trata de popular, então, mais ainda. Resta saber se
seus números de teste confirmarão a boa impressão. O corsa Wind 1.0 promete.


Corsa no Brasil, E na Europa

Ainda em 1994, a família Corsa vai crescer no Brasil. A GM vai crescer no Brasil. A GM planeja lançar, em julho, a versão 1.4 de acabamento semelhante
ao Kadett GLS. E em dezembro deve chegar o esportivo GSI 1.6 com motor de motor de 16 válvulas. O mais esperado, porem, é o modelo 1.0 dotado de
propulsor a álcool. A Engenharia da montadora esta desenvolvendo uma nova câmara de combustão – necessária para adequação ao álcool - um bico injetor
protegido contra corrosão e uma central eletrônica (injeção e ignição) com mais memória. Isso porque suas funções são mais complicadas que as da
central a gasolina. Por exemplo: instalação de um sensor de detonação devido à taxa de compressão mais alta e execução da partida a frio. Além disso,
a fabrica começa a pensar a possibilidade de incorporar o modulo quatro portas à linha nacional em 1995. Na Europa, a família Corsa é muito maior,
inclui duas carrocerias (duas e quatro portas) seis motorizações – de 45 cv no propulsor 1.2 até 109 cv no 1.6 de 16 válvulas – e seis níveis de
acabamento totalizando 21 versões. Os preços variam de 10800 a 18400 dólares.

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Corsa Wind 1.0 EFI

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O desenho da carroceria ilustra bem a tendência mundial de construir carros com frente em cunha e traseira hatch. Com isso, ganha-se um perfil aerodinâmico. Outra modernidade do Corsa aparece no acabamento dos paralamas, com molduras de plástico. As rodas de aço estampado e a lateral sem nenhum friso deixam claro a simplicidade de um modelo que custa apenas 7490 dólares.

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O conjunto de farol e seta tem formato inédito

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Medidas

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Bancos confortáveis, volante revestido em espuma e bom espaço interno são marcas registradas do popular da GM. O painel contém instrumentos essenciais e os comandos oferecem fácil acesso

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1.0 EFI

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Lateral

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Duas características notadas apenas em automóveis mais luxuosos, mas presentes no Corsa 1.0: compartimentos para objetos nas laterais das portas e bandejas moldadas para acomodar copos na tampa do porta-luvas

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O porta-malas, que acomoda 240 litros, pode ter sua capacidade ampliada. Da esquerda para a direita, três regulagens entre as sete possíveis do banco traseiro rebatível e bipartido. Na primeira foto, a posição normal. Ao centro, parcialmente reclinado. E, finalmente, o encosto totalmente inclinado para a frente

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Traseira

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O primeiro motor 1.0 com injeção eletrônica de combustível tipo single-point no país deve favorecer a economia de gasolina. Já se sabe, porém, que peca no desempenho: produz apenas 50 cv de potência - igual ao Gol 1000 e ao Escort Hobby, mas inferior ao Mille Eletronic (56 cv)

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Ficha Técnica
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