[DICA] - Chevrolet Corsa é de manutenção simples e barata, na opinião

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sergiod
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[DICA] - Chevrolet Corsa é de manutenção simples e barata, n

Mensagem por sergiod »

Chevrolet Corsa é de manutenção simples e barata, na opinião de quem lida com ele

Qua, 24 de Outubro de 2012 17:33
Alex Haverbeck
Seção: Geral

Lançada em abril de 2002, a segunda geração da linha Corsa ganhou elogios dos reparadores por possuir peças de baixo custo e ser de fácil manutenção. Acompanhe as características técnicas e os depoimentos sobre o modelo

O modelo veio ao mercado para concorrer com o Fiesta que, na época, também havia crescido de tamanho e de categoria (deixando de competir com o Gol, Palio e 206). Trouxe também as derivadas minivan Meriva e picape Montana. Chegou com motorização 1.0 e 1.8, que foram aposentados em 2009, dando lugar exclusivamente ao 1.4 Econo.Flex (veja as motorizações que ele já teve no quadro abaixo):

FALTA DE MANUTENÇÃO

Fomos à oficina mecânica Skapneus, localizada na zona leste de São Paulo, onde encontramos um exemplar do Chevrolet Corsa que sofreu um problema no sistema de lubrificação. O reparador Ricardo Inoue explica o que aconteceu:

“A bomba de óleo estava funcionando normalmente, o problema foi causado por falta de manutenção preventiva do proprietário, que não realizou as trocas de óleo e filtro dentro do período correto”, comenta Ricardo. O lubrificante ficou espesso e não fluía corretamente pelas galerias de lubrificação. Mandamos retificar o cabeçote e o comando de válvulas, além de realizar a limpeza do sistema de admissão TBI e colocarmos as novas juntas (fotos 1 e 1A).

Ricardo Inoue aponta ainda alguns problemas que ele encontra com frequência em Corsas que vão à sua oficina:

“Na suspensão, há um desgaste precoce dos amortecedores traseiro e dianteiro que começam a apresentar vazamento. As buchas de bandeja também sofrem um desgaste prematuro. O freio traseiro desgasta mais rapidamente do que o Corsa do modelo anterior, embora seja praticamente o mesmo projeto”, comenta Ricardo (foto 2).

“O Corsa é um carro que geralmente passa com facilidade na Inspeção Veicular Ambiental, o Controlar, desde que a manutenção esteja em dia”, finaliza.

FÃS DO CARRO

O reparador Antonio Carlos V. Deitos, da Auto Mecânica James, localizada no centro de São Paulo, comenta que a manutenção da linha Corsa é simples e barata. “As principais manutenções que faço em minha oficina neste modelo são itens que se desgastam naturalmente com o uso do carro, correia dentada (R$22*), jogos de discos (R$105*) e pastilhas de freio (R$27*), filtros de óleo (R$12*) e de combustível (R$15*), jogo de velas (R$62*) e de cabos (R$100*). E completa: “O problema maior que consertei em um Corsa na minha oficina foi em um que estava bastante rodado. No semieixo, estragou a tulipa e começou a vazar óleo de câmbio pelo retentor. Mas geralmente são manutenções preventivas e pequenos problemas, nada mais grave”, justifica Antonio Carlos.

* valores médios, preços consultados em lojas na internet.

“Em minha opinião, é o melhor carro em relação à mecânica e ao custo da reparação. Eu recomendo de olhos fechados, sou fã dele”, empolga-se Antonio Carlos.

Na avaliação do proprietário da retificadora de motores Sady, Cesar Alves, esses motores são de excelente manutenção e com custos mais baixos que seus concorrentes, o único “agravante” é que quando tais motores atingem uma quilometragem de aproximadamente 80.000 km, podem gerar uma folga na lateral do virabrequim.

VELAS

O palestrante automotivo Paulo Pedro Aguiar Jr., da Engin Engenharia Automotiva, em São Paulo (SP), lembra que um grande equívoco por parte dos reparadores ocorre em reparos simples. Um exemplo é a aplicação incorreta das velas, bem como a falta de regulagem entre os eletrodos central e lateral.

PARTIDA A FRIO

Alguns exemplares do Corsa 1.4 Econo.Flex apresentam problema na partida a frio, e às vezes falham em velocidade constante. O problema pode estar no sensor do corpo de borboletas, ou até no conjunto da TBI como um todo.

Um problema comum é a aplicação errada do óleo lubrificante, tanto de classificação como viscosidade não recomendado pelo fabricante. Por mais estranho que possa parecer, mas já executado com sucesso por alguns reparadores independentes para solucionar a falha, é recomendado utilizar o óleo de motor com a especificação correta. Segundo o especialista Paulo Pedro Aguiar Jr., da Engin Engenharia Automotiva, os Corsa de 1996 até 2000 utilizam o 20W50 SJ. Já os de 2000 a 2004, utilizam o SAE 15W40, 15W50 ou 20W50 SL. O Corsa de 2004 em diante utiliza SAE 5W30 SJ ou superior.
“Tivemos o caso de um Corsa 1.8 Flex que não utilizava o lubrificante 5W30 e apresentava dificuldades nas partidas a frio. Isto causava problemas nos tuchos que descarregavam e apresentavam alto índice de CO”, explica Paulo. A viscosidade correta recomendada pela montadora solucionou o problema.

OUTROS PROBLEMAS

Paulo ainda relata outros problemas já enfrentados em sua oficina com veículos da linha Corsa. Em um caso, recebemos um com motor 1.8 flex apresentando problemas de falhas, cortes na ignição ou o motor apagava em movimento. O defeito lido no scanner era de bobina. Trocou-se a bobina e o problema continuou. Solução: trocar o conector do chicote da bobina e pedaço do chicote. Em outro caso, também em um 1.8. o motor aquecia às vezes. Foram trocadas válvula termostática, tampa reservatório e bomba d´agua, mas o problema persistiu. Solução: conector do eletroventilador em curto, trocar conector e o chicote.

Paulo ainda faz recomendações em relação à transmissão: “Cuidado na hora da troca da embreagem hidráulica. Sempre que trocar o rolamento hidráulico, trocar o tubo que o une até o câmbio. Atenção ao aperto do rolamento hidráulico, se apertar demais, ele trinca. Utilize o torque recomendado pelo fabricante”.
Ele alerta ainda que a maioria dos câmbios mecânicos (2002 a 2009) apresentam vazamentos nos seguintes pontos: retentor do trambulador, retentor lateral e na tampa do cárter. Tomar cuidado com o óleo de câmbio, a partir do ano 2004, a GM passou a utilizar o 75W85. Tivemos ainda um Corsa 1.8 que chegou com barulho no rolamento da embreagem. O proprietário nos informou que havia trocado o kit de embreagem, mas o barulho continuou. Com o veículo no elevador, notamos uma enorme folga no virabrequim. Solução: trocar as bronzinas, inclusive as de encosto.

LUZ DA INJEÇÃO

O reparador Renan Portilho, de Guaíba (RS) utilizou o “Fórum Oficina Brasil” (www.oficinabrasil.com.br) como ferramenta para solucionar uma falha que ele encontrou em um Corsa 1.8 FlexPower. “O carro ficava com a luz de injeção acesa direto, com as seguintes falhas detectadas no scanner: p1230 - relê principal - falha circuito secundário e também a falha p0213: eletroválvula de partida a frio. Quando apaguei a falha da memória, a luz apagou-se, mas retorna em seguida com falha no aquecimento da sonda. Já coloquei uma sonda nova e mesmo assim o problema permaneceu. Será que a falha da sonda é causada por alguma falha listada acima? Li alguma coisa sobre a falha p1230 ser sobre bomba de combustível, mas a pressão e vazão de combustível estão normais. Esta eletroválvula de partida a frio só funciona quando o carro esta com etanol no tanque?”, perguntou Renan aos reparadores do Fórum.

Muitos reparadores participaram tentando ajudar o colega de profissão, que deram dicas e sugestões de possíveis causas da falha. Mas foi o reparador Beto35, de São Paulo (SP), leitor assíduo do Jornal Oficina Brasil, que se lembrou de uma matéria e um diagrama elétrico do Corsa que havia sido publicado no Jornal em Junho/2007, e postou no Fórum os links para o colega Renan.

http://ht.ly/e4JCI

http://bit.ly/UyxShR

O reparador Renan solucionou o problema com auxílio deste conteúdo e do diagrama e publicou no Fórum: “O problema era um fio rompido dentro do chicote. Se a substituição da sonda fosse feita por uma original, teria resolvido na mesma hora. Após refazer o fio rompido tudo funcionou normalmente e a luz da injeção apagou”... “Fica aqui meu agradecimento a todos que se empenharam em me ajudar a resolver mais este probleminha. Meu muito obrigado”, finaliza Renan.

Para ver a discussão deste problema na íntegra, acesse o site http://bit.ly/SpHr55.

DIREÇÃO HIDRÁULICA

Dillen Yukio, da HandorTec, empresa na zona leste de São Paulo especializada em manutenção de direção hidráulica, comenta sobre os principais problemas encontrados neste veículo.

“Existe um barulho crônico nesses modelos na caixa de direção hidráulica que, ao movimentar o volante de um lado para outro, ouve-se um barulho, aparentando haver folga na caixa de direção hidráulica. Mas ao contrário disso a direção está bem justa, devido a mola de regulagem da cremalheira, que tem uma resistência muito grande, aumentando assim o atrito entre o tucho e a cremalheira. A reparação da caixa de direção diminui generosamente o barulho, em alguns casos elimina totalmente, mas é temporário”, explica Dillen.

“É difícil determinar quanto tempo demorará em voltar o barulho, tudo depende do modo de uso do veículo e de condução do motorista. Isso é válido também para caixa de direção hidráulica nova, ao substituir, o barulho some, porém temporariamente. Caso o dono não se incomode muito, não é necessário consertar ou substituir a peça com urgência. O barulho causado por essa mola não prejudica o funcionamento do sistema de direção”, conclui Dillen.

“O que ocorre com frequência é vazamento e, em alguns casos, folga na cremalheira”, finaliza.

TRANSMISSÃO

Paulo Pedro Aguiar Jr. exemplifica alguns problemas que ele já encontrou no câmbio da linha Corsa:

Cuidado na hora da troca da embreagem hidráulica. Sempre que trocar o rolamento hidráulico, trocar o tubo que o une até o câmbio. Cuidado com o aperto do rolamento hidráulico, se apertar demais ele trinca. Utilize o torque recomendado pelo fabricante.

A maioria dos câmbios mecânicos (entre 2002 e 2009) apresentam vazamentos nos seguintes pontos: retentor do trambulador, retentor lateral e na tampa do cárter. Tomar cuidado com o óleo de câmbio, a partir do ano de 2004 a GM passou a utilizar o 75W85.

Tivemos um Corsa 1.8 que chegou com barulho no rolamento da embreagem. O proprietário nos informou que havia trocado o kit de embreagem, mas o barulho continuou. Com o veículo no elevador notamos uma enorme folga no virabrequim. A solução foi trocar as bronzinas, inclusive as de encosto.

MISTURA RICA

Também através do “Fórum Oficina Brasil”, o reparador Anderson Andara solucionou um problema que ele encontrou em um Corsa 1.0 FlexPower 2008. “O carro não pegava, as velas estavam encharcadas com gasolina. Coloquei velas novas e o carro pegou, mas com uma mistura muito rica. O tempo de injeção estava alto, em torno de 6.7, a sonda marca em torno de 400mv, não variando muito disso. Quando o carro ficava bastante tempo parado, não pegava de maneira nenhuma. Tive de tirar as velas e limpá-las. O MAP estava alto também, testei o sensor de temperatura e a sonda Lambda. Substituí por outra sonda e o scanner não encontrou nenhum defeito”.

Com a dica enviada pelo reparador Edmarcos Cristiano Silva, da Boa Vista Peças e Serviços, em Uberaba (MG), Anderson Andara solucionou o problema. Veja o que Edmarcos sugeriu:

“Para o Corsa ano 2008 existem 2 modelos de sonda Lambda, e uma não funcionará no lugar da outra. Confira junto à uma concessionária, pelo número do chassis. Este valor que você informou indica: sonda parada (sem funcionar) ou aplicação errada ou aquecedor da mesma não funcionando, sem falar da continuidade do chicote. Não se esqueça de conferir se o A/F esta saindo da regulagem”, ensina sabiamente Edmarcos.

Confira o histórico de dicas e sugestões que diversos reparadores do Brasil postaram no Fórum Oficina Brasil, para contribuir e ajudar o reparador Anderson Andara no problema (http://bit.ly/Uyy94q).

PIOROU PARA MELHORAR

O motor 1.4 da família Corsa (105 cv) é mais potente que o 1.4 do Agile (102 cv), porque o Corsa havia sido eleito o carro mais poluente. A GM desenvolveu então um novo catalisador, diminuindo a potência, piorando o desempenho, mas melhorando o índice de emissões de gases.

AR CONDICIONADO

A linha Corsa / Montana possui um sistema de ar condicionado dotado de um compressor de fluxo variável CVC da DELPHI, com cerca de 125 cm³. Por causa deste compressor, não há a necessidade de ter um sensor anticongelamento ou termostato no evaporador.

Deve ser abastecido com cerca de 650g de fluido refrigerante R134a e 150 ml de óleo PAG 46.

Suas válvulas de serviço são de fácil acesso, mas podem eventualmente apresentar vazamentos de fluido refrigerante. Válvula de serviço de alta (foto 1) e de baixa (foto 2).

O compressor também é um dos pontos de vazamentos de fluido refrigerante (gás). Recomenda-se trocar o rolamento da polia do compressor todas as vezes que substituir as vedações do compressor. O transdutor de pressão fica na tubulação de alta logo na saída do compressor antes do condensador, este transdutor informa a pressão do fluido refrigerante na linha de alta para o módulo de injeção. Através desta informação de pressão, o módulo permite ou não a ligação do compressor e envia sinal para ligar a segunda velocidade dos eletroventiladores (foto 3).

Ambos os eletroventiladores trabalham juntos tanto na 1ª quanto na 2ª velocidade. Eletroventilador principal (foto 4) e eletroventilador auxiliar (foto 5).

As mangueiras de entrada e saída do compressor podem apresentar vazamentos. Mangueira de alta e baixa pressão (fotos 6 e 7).

O filtro secador (foto 8) fica na saída do condensador e deve ser substituído junto com o compressor ou quando o óleo estiver contaminado.

Alguns clientes podem reclamar de gotejamento de água abaixo do painel. Isso pode ocorrer se houver entupimento do orifício do dreno da caixa evaporadora (fotos 9, 10 e 11), que ocasionará o transbordo de água de condensação do evaporador para dentro do carro. Uma alternativa temporária é erguer o veículo e soprar o bico do dreno que fica próximo à junta de expansão do escapamento e o setor de direção.

O ventilador interno (foto 12) também é uma peça que pode apresentar desgaste, necessitando a sua troca. Mas o mais comum é o derretimento e/ou queima do resistor da ventilação interna, que fica alojado na carenagem do dreno da caixa de ventilação.

O acesso ao filtro de cabine (filtro antipólen ou microfiltro) é pelo lado de fora, próximo ao limpador de para-brisa, ao lado da bateria (foto 13).

Os modelos mais antigos, até 2005, eram equipados com válvulas de ar quente além da portinhola (damper) de ar quente. Essas válvulas davam tanto problema de trancarem e de vazamentos, que foram eliminadas pela GM (substituídas por canos). Pode-se até substituir esta válvula por outra (encontrada no mercado de reposição), mas recomendamos deixá-la na posição aberta e não conecte o cabo de aço de acionamento. Assim o acionamento do ar quente fica controlado apenas pelo botão acionando a portinhola (como nos modelos após 2006). Quando esta válvula tranca o botão do ar quente, não volta até o final de curso (azul) (fotos 14, 15 e 16).

Caso haja vazamento de água do sistema de arrefecimento no radiador de ar quente, dentro do painel, a substituição desta peça não implica na retirada do painel, ele sai pela lateral da caixa de ventilação pelo lado do passageiro (foto 17).

Estes e vários outros problemas comuns neste modelo, podem ocorrer simultaneamente.
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Mensagem por SemControle »

ai não tem graça, se a manutenção é fácil e barata não gera retorno a montadora, é melhor tirar da linha de produção....
mesmo fim de tantos carros assim....e os q eram assim q ainda estão em produção vao sofrendo a sucatização.....
Rua não é disputa, é convivência.
1929 motor chevrolet 6cil em linha 49cvs
2008 motor ducatti 2cil em v 150cvs
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